quinta-feira, 24 de março de 2011

Terapia com Animais

" Um cérebro confuso e ancioso envia mensagens desordenadas, confundindo o sistema imunológico. Um cérebro relaxado e equilibrado permite ao corpo e a mente trabalharem em natural harmonia. Esse mecanismo explica porque o sentimento de amor tem um poder de cura". (BECKER, s/d apud CÃES, 2006)

sexta-feira, 18 de março de 2011

Mal de Alzheimer e a Terapia Assistida por Animais

É a forma mais comum de demência; é uma doença degenerativa caracterizada clinicamente pela perda progressiva da memória e costuma ser diagnosticada em pessoas com mais de 65 anos, podendo ocorrer em pessoas mais novas.
Percebe-se a evolução da doença num período em média de oito anos de seu início até a fase final. O paciente começa apresentando sintomas de perda de memória a curto prazo, perde a capacidade de dar atenção a algo e nota-se também uma certa desorientação de tempo e espaço. A pessoa não sabe em que ano está, em que mês, em que dia. Com a progressão da doença o paciente começa a manifestar problemas de linguagem que implicam na diminuição do vocabulário e dificuldade na fala, pode também parecer desleixado ao efetuar tarefar motoras simples, como, escrever, vestir-se, devido as dificuldades de coordenação motora. Com a evolução da doença a memória a longo prazo vai se perdendo e as alterações no comportamento vão se agravando e começam as manifestações de apatia, irritabilidade, instabilidade emocional, chegando ao choro, ataques inesperados de agressividade ou resistência a caridade. O paciente começa a desligar-se da realidade, pondendo não reconhecer parentes e conhecidos. Os pacientes vão acabar por não conseguir desempenhar as tarefas mais simples sem ajuda. A sua massa muscular e a sua mobilidade degeneram-se a tal ponto que o paciente tem de ficar deitado numa cama; perdem a capacidade de comer sozinhos.
Não há tratamento curativo para o do Mal de Alzheimer, no entanto o tratamento visa confortar o paciente e retardar o máximo possível a evolução da doença, através de medicamentos, atividades que estimulem o raciocínio, memória recente, tarefas simples como apanhar e dobrar a roupa, manter o doente ocupado, sem frustrar ou aborrecer. Estimular os sentidos como dançar, caminhar, cantar, conviver com crianças,etc.
Com a Terapia Assistida por Animais, é possível trabalhar amplitude de movimento, força muscular, movimentos finos, memória recente, cognição, através de caminhadas curtas pela isntituição, escovação do pelo dos animais, dentre outras atividades, de forma agradável promovendo uma sensação de bem estar,reduzindo até comportamentos de agressividade e rejeição, em alguns idosos, diminuição das dores, oportunidade de ser ouvido, facilitação na comunicação com o terapeuta e com a equipe, expressão dos sentimentos dos idosos. Com isso tudo visamos melhorar acima de tudo a qualidade de vida dos mesmos.

Adriana Paravati Futema
Fisioterapeuta e Acupunturista
Voluntária do INATAA

Atividade e Terapia Assistida por Animais

A AAA é um método lúdico em que se utiliza o animal na visita em diversos locais, (instituições, asilos, hospitais, lares...) onde através da relação entre homem e animal, é possível proporcionar momentos agradáveis, sensação de bem estar, melhorando o dia a dia dessas pessoas, pois o contato com o animal promove benefícios de ordem psíquica, física e social.
Neste caso o histórico ou perfil do paciente não é exigido, e a sessão pode ser conduzida apenas pelo proprietário do animal.

A TAA trata- se de um método terapêutico, onde o animal é parte principal da terapia. O objetivo dessa interação homem e animal terapeuta é oferecer aos pacientes diversos estímulos (táteis, visuais, olfativos, auditivos...) e principalmente atuar como agente facilitador das modalidades terapêuticas tradicionais, o que acelera a recuperação dos pacientes, e para aqueles que possuem um animal de estimação, desenvolve-se a questão de responsabilidade como a rotina e os cuidados do dia a dia, como hábitos de higiene, alimentação, lazer entre outros. Podemos ainda dizer que com a TAA, a proximidade com o animal nos possibilita que a pessoa com determinada deficiência, possa melhorar/manter a amplitude de movimento, trabalhar alongamento, força, equilíbrio, coordenação motora, proporcionando maior qualidade de vida, reduzindo o “stress”, ansiedade, depressão e favorecendo a autoconfiança e a auto- estima.
Nos casos de TAA é necessário ter acesso ao histórico do paciente, para que se possa desenvolver um trabalho específico para cada indivíduo, e a terapia deve ser conduzida por um terapeuta e/ ou condutor do animal.

Em 1792 foi criado, intuitivamente por William Tuke, a York Retreat, um centro de tratamento para pacientes com alterações mentais, no qual utilizavam jardinagem, exercícios, e vários animais domésticos para encorajar os pacientes a vestir-se, movimentar-se e comunicar-se, e essa interação trouxe resultados positivos.
Vale ressaltar que os animais terapeutas, precisam de um veterinário responsável, o qual irá avaliar com freqüência a saúde do animal.

Os animais são sinceros em seus sentimentos, não nos julgam por aparência física, não fazem cobranças não precisam de riqueza e luxo, apenas esperam por alimento, carinho e amor e retribuem com um amor incondicional, podendo até falecer porque seu dono se foi.


Adriana Paravati Futema

Fisioterapeuta e Acupunturista
Voluntária no trabalho de Terapia com Animais
pelo INATAA – com a cachorrinha
Sumi SRD (foto ao lado).